terça-feira, fevereiro 27, 2007

Casual sex

Copiei e colei a coluna da Carla Rodrigues, do Nomínimo (nominimo.com)
Um dilema que, seguramente, faz parte da nova fase da minha vida, nesta terra tão cheia de negões.


Lenha na fogueira do sexo casual

A partir da experiência de publicar o relato da jornalista Yannik D’Elboux, que suscitou amplo debate sobre o comportamento feminino em relação ao sexo, aceitei de bom grado oferta da leitora ReOx, do blog mulherzinha.blig.ig.com.br, auto-definida como “paulistana fascinada pelo comportamento humano”. A proposta dela é instigante: para fazer sexo como os homens, as mulheres precisam mudar todo o comportamento, desde os critérios de conquista até a atitude do dia seguinte. Confiram:

Por que não “damos” certo?

A maior conquista do feminismo foi a liberdade de podermos agir conforme dita a nossa própria vontade. Se a nossa vontade diz que devemos agir como homens, por que não tentar? A verdadeira questão é: será que conseguimos mesmo agir como eles? Será que estamos preparadas para as conseqüências disso?

Quando nos insinuamos a um homem e deixamos claras nossas intenções – sexo casual, por exemplo – corremos o risco de receber um “não” sem que isso queira dizer nada além de “não estou a fim no momento, obrigado”. Ora, quantos “nãos” já dissemos a homens que só queriam sexo quando não estávamos com vontade, ou quando queríamos algo além disso?

A diferença é que os homens, normalmente, já estão preparados para os “nãos” de suas investidas, enquanto nós ainda estamos engatinhando neste quesito. Somos mimadas e estamos acostumadas a dizer não ao invés de escutá-los, mesmo que apenas ocasionalmente.

Você já parou para pensar que, quando um homem escolhe uma parceira para uma noite de sexo sem compromisso, ele pode estar optando por uma mulher pela qual não imagina a menor possibilidade de vir a se apaixonar? O homem tem o dom de olhar objetivamente para os atributos físicos da parceira, e isso pode ser suficiente para preencher suas necessidades naquele momento: sexo. O homem se excita com o apelo visual e isso pode bastar.

Só que nós, as mulheres de atitude, decididas e pós-feministas não temos a mesma objetividade na hora de escolher um parceiro eventual. Somos diferentes, oras. O buraco do nosso tesão fica mais em cima. Não olhamos apenas para o corpo que pode nos proporcionar maior prazer e sim, para o conjunto. O cara tem que ter um bom papo, nos fazer rir, ter um bom nível social, intelectual…

Ué, mas não é só pra transar? Pra que tudo isso?!

Ao escolher um homem interessante (que tenha outros atributos além dos físicos) corremos sim o risco de nos apaixonar e querer prolongar a noite para duas, três, quatro, namoro, noivado, casamento, filhos, ai, que cansaço.

Nossas intenções acabam mudando de acordo com o grau de gostosura de um homem (que inclui todos os atributos citados acima) e então não conseguimos sustentar o papel de mulher fatal por muito tempo. Somos assim. E quando tentamos não ser, quando tentamos agir como os homens, começamos bem, mas depois misturamos as bolas, ficamos inseguras, perdidas, uó.

Se você quer agir como homem, faça isso, mas do começo ao fim:

1) Mantenha em mente um único objetivo: uma noite de sexo e nada mais. Eu disse NADA MAIS;

2) Escolha um parceiro que atenda, preferencialmente, apenas a esta expectativa: uma noite de sexo bom. É importantíssimo que ele não tenha muitos atributos extras. Você deve se perguntar “posso me apaixonar por esse cara?” Se a resposta for negativa, você está diante de um bom candidato;

3) Esteja preparada para receber um “não” sem levar para o lado pessoal (um homem também pode estar disposto a algo mais. Pode pensar “ela só está a fim de me comer e eu quero romance!”, não pode?);

4) Esteja preparada para ter alguém ligando no dia seguinte, mandando flores, cobrando compromisso e saiba dizer “não, obrigada”, educadamente, mas sem dispensar totalmente, principalmente se o sexo tiver sido bom, é claro. Nunca se sabe quando a quarta-feira vai ser chuvosa.

5) “Os dispostos se atraem, os opostos se distraem” (frase de Fernando Anitelli, líder do grupo musical independente O Teatro Mágico). Procure alguém que pareça estar com a mesma intenção e não queria mudar suas intenções no meio do caminho. Entrou pelo sexo, vá de sexo até o final.

6) Fingir paixão para ganhar sexo também vale. Só não vale acreditar na própria mentira depois;

7) Também vale beber um pouquinho a mais antes do encontro. Assim você tem a possibilidade de acordar e tentar acreditar que tudo não passou de um sonho (ou de um pesadelo!).

Vale ressaltar que, salvo raras exceções, ainda não aprendi a aplicar a teoria na prática.

Sobre esta prática libertadora, eu já tinha ouvido falar que no Egito antigo, as mulheres, e não os homens, faziam xixi de pé. A imagem abaixo me foi passada pelo Henrique e pela Íris, aqui de Salvador. Eles me mandaram este e-mail, explicando a proposta de iniciativa tão educativa e iluminadora.

"Sobre a proposta: podemos dizer que somos uma vagina e um pênis numa
tentativa de rejeitar as contruções culturais impostas através do gênero.
Pensamos que o ato (e a maneira) de fazer xixi impostos aos diferentes
gêneros é reflexo de uma cultura misógina, assim como as consequências que
isso acarreta. O texto e as figuras foram retirados e traduzidos do zine
Menarquia: http://danae.tv/menarquia. Estamos fazendo ele num formato menor
pra podermos distribuir na rua, assim que terminarmos de editá-lo, te
enviamos o arquivo e ai se você quiser, distribui também. Qualquer dúvida
sobre o xixi em pé pode nos escrever, tentaremos ajudar e qualquer discussão
sobre o assunto topamos também. :)
Muito foda saber isso do Egito, achei um blog em que a menina fala
que o Heródoto escreve sobre isso num livro(ela não diz qual livro), estamos
a procura desse livro!!! Você descobriu isso aonde?
Tirando isso, estamos editando um livro de bolso que são dois capítulos de
um livro da Naomi Wolf chamado O Mito da Beleza, aonde ela discute a questão
do sexo (pornografia, sado-masoquismo, e sua relação com as imagens da
beleza). Deve sair em um mês, mais ou menos; e fazendo algumas traduções:
tamo traduzindo o site the-clitoris.com e alguns artigos e coisas
interessantes do girlswholikeporno.com, assim que terminarmos as traduções
vamos postar lá no confabulando (www.corpuscrisis.org/confabulando).

abraços!
henrique e íris
dois-corpos@hotmail.com "

Libertação feminina

Como eu ando sem assunto, resolvi proporcionar a todas (e não a todos) a chave para a verdadeira libertação feminina. Vi isso colado nas paredes de Salvador, e decidi reproduzí-lo para o mundo. Cliquem na imagem para ver com mais definição.



Eu juro que tô me esforçando. Eventuais iniciativas êxitosas deverão ser divulgados aqui no blog.